O Livro Beleza Impossível é de uma psicóloga muito envolvida no campo de corpo e de pesquisas à respeito de próteses , plásticas, moda , mídia e consumo e ela vai falar sobre mulheres que se submetem a tratamentos diversos para emagrecer, alisar os cabelos e perder pneuzinhos. Na busca incessante pela “beleza ideal”, vale qualquer sacrifício. Ela é muito crítica e parcial, daí o que eu achei importante de extrair do livro mesmo foram as pesquisas que são sérias e comprovadas.Porque a autora condena o ataque diário da mídia e aponta caminhos para quem deseja se defender dessa influência insidiosa e sabe-se que nã ose pode ser parcial e passional em uma monografia, mas seu livro foi muito útil quanto aos dados preciosos de taxas de metamorfoses femininas no Brasil com relação a outros paises como exemplificados abaixo.
Segundo o livro Beleza Impossível(2008) de Rachel Moreno, na maioria das vezes são as mulheres que procuram se modificar corporeamente por motivos fúteis ou por motivos de fato importantes para sua própria saúde ou auto-estima. Mas sempre se quer ir contra a natureza, e este mistério é o que impulsiona a pesquisa. O próprio Freud em Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade (1905), falava isso quando dizia que os nossos instintos coexistem em conflito com nossa sociabilidade e é lutando contra o animal que vive em cada um de nós, contra o ser que nos é imposto pela sociedade é que nós acabamos por construir nosso eu, que seria nossa própria identidade.
O Brasil é líder no consumo de moderador de apetite. O consumo diário de inibidores de apetite é de 12,5 por mil habitantes, enquanto nos Estados Unidos, por exemplo, o valor colocado da lista, é de 4,8. As norte-americanas, por exemplo, ficaram em quarto lugar na pesquisa, com 25% desejando fazer plástica, enquanto 89% das brasileiras entrevistadas querem mudar algo no corpo. O que torna o Brasil especial neste aspecto é o ímpeto com que as pessoas decidem mudar o corpo e a rapidez com que a decisão é tomada. São três as principais motivações para fazer uma plástica: atenuar os efeitos do envelhecimento, corrigir defeitos físicos e esculpir um corpo perfeito. E essas metamorfoses na maioria das vezes são realizadas através de uso de próteses endodérmicas, lipoaspiração, fratura de ossos, dentre outros métodos.
Inclusive, as brasileiras, segundo pesquisa internacional feita por uma multinacional da área de cosméticos, estão entre as que têm a auto-estima mais baixa – muito provavelmente em conseqüência do modelo de beleza eurocêntrico e inalcançável para a realidade nacional. De acordo com o levantamento, elas se submeteriam a todo tipo de intervenção estética para se sentir belas.
Esses dados, segunda a autora, podem ser comprovados cotidianamente. Só em 2003, as brasileiras gastaram R$ 17 bilhões na compra de produtos cosméticos e de perfumaria. O Brasil também apresenta o maior índice de mulheres que declaram ter feito cirurgia plástica. Outros estudos revelam ainda que a população feminina no Brasil, comparativamente, é a que mais se submete a sacrifícios pela “beleza”. Isso inclui dietas, malhação, remédios, cosméticos e toda a parafernália oferecida para alcançar o inalcançável de acordo com a psicóloga.
Nenhum comentário:
Postar um comentário