O que é beleza?

O que é beleza?
beleza através dos tempos

quarta-feira, 18 de março de 2009

Dicionário... Importante Instrumento de Consulta!


Significados de Palavras Retirados do dicionário melhoramentos lançado em 1994






























































































































È interessante conhecer as palavras semânticamente. Principalmente sendo de uma velho diciónario... Atualmente tudo está tão abstrato que é interessante ter contato com o palpável.



A intenção de rever significados é não só a de questioná-los, como também a de entender as palavras que eu imagino que serão bem utilizadas neste trabalho.



Corpo. Moda. Época. Contexto. Concepção. Beleza. Artificial. Contemporaneidade. Espetáculo. Sociedade. índivíduo... dentre outras obviamente...



Cabe refletir sobre estes significados e tentar distroçá-los ao máximo e por fim analisar estas dentro do gigantesco tema :



Relações de Corpo, moda, mulher e Beleza Artificial:

concepções da contemporaneidade


Imagens interessantes da moda e do corpo na contemporaneidade:













































Misturando concepções...






terça-feira, 17 de março de 2009

Questão : Sociedade do Espetáculo- comentários e significações


Sociedade do espetáculo

Guy Debord


"Quanto mais a vida do homem se torna o seu produto, mais ele se afasta da vida". ..
É impressionante a atualidade deste livro, ele relata com frases bem interessantes como é a vida nos dias de hoje, sendo que ele foi lançado em sua primeira edição no final da década de 60 e era tido como um livro mais Cult e depois se tornou um livro clássico em muitas partes do mundo. Acho que as pessoas começaram a se identificar com o espetáculo! Vive-se em época em que praticamente tudo o que acontece acaba virando espetáculo e evento de mídia. Se não está na mídia, não aconteceu. Se não é espetáculo, não existe.


A Sociedade parece estar imagética demais. Não que isso seja de tudo negativo, mas de fato a humanidade se mercantilizou de tal forma, que cada indivíduo se tornou um produto. Seja no trabalho, na festa, na convivência do dia –a – dia, a maioria das pessoas quer se exibir. Seja com suas roupas de marca, com seus carros importados e com suas jóias luxuosas. Esta sociedade se concentra muito mais no sentido da visão do que de qualquer outro.


Debord, fala de uma sociedade que quer ir além da onipresença dos meios de comunicação de massa, que representam somente o seu aspecto mais visível e mais superficial. Diríamos que ele quer se aprofundar na superficialidade.


O Grande Espetáculo consiste na seguinte questão : as pessoas desprovidas de privilégios, sendo eles financeiros ou intelectuais vivem uma vida real e por um motivo ou outro são influenciadas e acabam se sentindo obrigadas a participar da sociedade espetacular.Por exemplo:consumir, mesmo que seja pouco, mas de forma a participar da dimensão da novela, do artista, das imagens que os rodeia, da propaganda, do outdoor e de tudo de modo geral que lhes falta em sua existência real.



Neste ponto, seria importante mencionar o que mais tarde Lúcia Santaela chamaria de “seres noológicos”. Nossa cultura foi invadida por uma proliferação de imagens quase que patológica e seres biológicos foram trocados por seres impossíveis, participantes do espetáculo : uma modelo super artificial fazendo publicidade do próprio corpo e de outro determinado produto. Propafanda esta enganosa, já que as imagens publicitárias foram tomadas por softwers gráficos que “consertam” as imperfeições faciais e corporais das mulheres principalmente. Consertar o que? Esta é a pergunta.


Estes “seres noológicos” que povoam nossa sociedade estão muito mais presentes que pensamos, tanto que as mulheres querem beber a eterna fonte da juventude e não se modificar , como se viverem na terra do nunca... A própria convivência se tornou tão mais fácil ao teclar em seu computador e mandar um scrap para um amigo “imaginário” que você sequer conhece... Outras questões se aprofundam e temos a sensação de estarmos imersos na sociedade espetacular que Debord tanto fala.


As pessoas não saem de casa sem se preparar para o outro, sem tentar se parecer com algum artista, atleta ou celebridades em geral, e não percebem que estes são apenas personagens em seu próprio universo assim como cada um de nós que representa muito bem seu papel na sociedade, com direito a maquilagem, figurino e até intervenções cirúrgicas... A Imagem se funde na realidade, e todos começam a ter dificuldade de perceber aonde começa uma e termina a outra.


Vive-se praticamente em uma esquizofrenia coletiva! Os relacionamentos entre as pessoas, já não são mais mediados apenas pelas coisas, como no fetichismo da mercadoria, de que Marx e Freud tanto falavam, e sim, mediadas diretamente pelas imagens.



Tem-se influência 24 horas por dia: Revistas, jornais, televisão, internet... tudo permeia nossa vida; e a sociedade do espetáculo com todos esses aliados pode ser capaz de alterar o comportamento e até a aparência de todos. Os mais vulneráveis infelizmente são as mulheres e por vezes adolescentes. As mulheres principalmente, renegam o próprio corpo para seguir determinações, conselhos e “modismos” que na maioria das vezes são estúpidos. Qual é a dificuldade na aceitação do próprio corpo? A moda inclusive pode ajudar a adorná-lo da maneira que você decidir. As mulheres querem ser de plástico e não de carne. Querem a artificialidade como parte da sua vida...



O Espetáculo significa abstrair-se do mundo real. E é justamente isso que a lógica capitalista precisa. Se abstraia do real, crie seu personagem, obedeça o padrão vigente e consuma, consuma tudo o que puder consumir, Deixe que as pessoas lhe consumam, inclusive se consuma, afinal você também acaba de se tornar um produto nesta jogada..



Toda nossa sociedade só consegue se firmar a partir do espetáculo que cria sobre todos acontecimentos, fatos e por que não sobre a própria vida. Tudo o que era diretamente vivido esvaiu-se na fumaça da representação. As imagens fluem desligadas de cada aspecto da vida e se fundem em um curso comum, de forma que a unidade da vida não mais pode ser restabelecida. A especialização das imagens do mundo acaba numa imagem independente, como se tivesse vida própria, em que o mentiroso mente a si próprio. E depois a todos. O espetáculo em geral, como inversão da vida, é o movimento independente da não-vida. E a não-vida; é a morte.



O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, porém esta relação está sendo feita através de imagens. O conceito de espetáculo unifica e explica grande variedade dos fenômenos atuais. Segundo o autor, esta afirmação da aparência e de toda a vida humana é de certa forma fundamental, ou seja, o que vale é a versão e não o fato. Mas a crítica que atinge a verdade do espetáculo o descobre como um tipo de negação visível da vida; uma negação da vida que se tornou visível.



Nota-se o espetáculo como algo grandioso, positivo, indiscutível, inacessível e necessário.De certo modo: "o que aparece é bom, o que é bom aparece". Apesar desta afirmativa não ser de fato uma generalização, a conclusão é de que o espetáculo é o principal produto da sociedade atual.
Indo um pouco mais além, pode-se perceber que justamente a perda da unidade do mundo é a origem do espetáculo, e a globalização logicamente possibilitou tudo isso, já que o mundo em que vivemos é pura contradição, por um lado nos afasta fisicamente, por outro nos une virtualmente e imageticamente.



O que unifica os espectadores não é mais do que uma relação irreversível com o próprio centro que mantém o seu isolamento. Isto é, reúne mas não une.
Quanto mais o ser humano contempla, menos ele vive; quanto mais aceita reconhecer-se nas imagens dominantes da necessidade, menos ele compreende a sua própria existência e o seu próprio desejo . Ele parece ter que se inserir nestas imagens do dia-a-dia para se sentir parte da construção ou reconstrução da sociedade. O Ser humano não quer ser só, e para isso muitas vezes abdica de sua própria identidade para fazer parte de um grupo.
Vive-se em um mundo aonde a exteriorização nunca foi tão importante. Tenho que exteriorizar meu comportamento, meu gesto, meu corpo, minha roupa. Tenho que sair do meu próprio eu e ir de encontro ao espetáculo.



Aqui existe mais uma vez a dificuldade de manter nossos valores profundos, íntimos e pessoais, afinal a verdade e a transparência, que tornariam a vida realmente humana, foram banidas desta sociedade e os valores foram enterrados dentre os escombros da aparência e da mentira que separam ao invés de unir.



A Sociedade contemporânea, de fato é a sociedade do espetáculo e conseqüentemente da contradição. Somos nós, mas temos de ser personagens que muitas vezes inexistem dentro de nós.



Pelo menos existe uma luz no fim do túnel, já que apesar dos pesares sem estas imagens proliferadas nós nos sentiríamos isolados, incomunicáveis e insignificantes. Já que acima de tudo a nossa imagem, nosso corpo, nossa moda significa algo para alguém em determinada circunstância.
Bibliografia:
DEBORD.Guy. A sociedade do espetáculo.4a edição.RJ. Ed. Contraponto. 1997

segunda-feira, 16 de março de 2009

Questões : Corpo aprisionado?






O Corpo Aprisionado


Capítulo de "O Corpo como capital"

De Mírian Goldenberg


A Autora faz uma abordagem a respeito do aprisionamento feminino ao corpo que está em alta em determinado contexto, no caso no contexto atual. Para isso se utiliza de autores como Gilberto Freire, Mauss,Mallysse, etc... para diagnosticar a explosão da industria da beleza no Brasil e de como o Brasil é um dos países mais influenciáveis no que diz respeito ao “culto ao corpo” de maneira geral.




De acordo com Gilberto Freire um novo modelo surge no século XX que ele considera macaqueação e imitação de modelos estrangeiros. Já que estamos falando de Brasil, falamos de uma beleza miscigenada, já que nossas próprias raízes culturais são feitas de misturas.
De uns tempo para cá, ícones Europeus começaram a fazer parte do imaginário da mulher brasileira. Esquecendo-se da própria anatomia, as mulheres começaram a se “torturar” por um corpo menos curvilíneo, e por cabelos mais lisos.




A questão toda está em volta mais uma vez da padronização. Aliás, um dos lados negativos da mídia de moda, e até da mídia em geral é justamente de criar um alvoroço espalhafatoso em torno de um tipo físico, de um produto e por que não dizer de um corpo único e fazê-lo a coisa mais desejada que já se viu.A lógica do marketing : Se faz sucesso, vai vender!




No caso deste novo corpo abordado incansavelmente desde a década de 60 em torno do mito Twwigy , por exemplo, justificado pela praticidade, eficiência e utilidade da vida moderna, a questão era : Por que não aplicar essas características da modernidade ao seu próprio corpo? Um corpo mais magro seria mais eficiente. De fato, mas até que ponto isso é verdade.




A Mulher Brasileira atual tem a preocupação de estar magra e bela sem se esquecer de seu principal enfoque : Ser jovem. O Autor menciona um antropólogo Francês (Mallysse,2002) que constatou que na “ França a produção da aparência está na própria roupa, enquanto no Brasil é o corpo que parece estar no centro das estratégias do vestir” Além disso ainda percebeu “que as brasileiras expõem o corpo e reduzem a roupa a um simples instrumento de sua valorização, em suma, uma espécie de ornamento”.




Dentro da mesma lógica este antropólogo ressalta que as filhas de mães francesas tendem imitar a mãe no modo de comportar e vestir, enquanto no Brasil, as mães pegam roupas emprestadas com as filhas e querem se comportar como tal em muitas situações. Não é possível generalizar, mas de fato, ao observar as mulheres nas ruas enxergamos exatamente isso.




As mulheres de modo geral, mas em maior escala , as Brasileiras querem ser Belas , magras e jovens. Como diria Marcel Mauss(1974) : “é por meio da imitação prestigiosa que os indivíduos de cada cultura constroem seus corpos e comportamentos(...) O conjunto de hábitos, costumes, crenças e tradições que caracterizam uma cultura no que se refere ao corpo.”



Segundo Alexander Edmondss(2002), o Brasil, nas últimas décadas sofreu uma tremenda influência desta industria da beleza, inclusive a própria revista times chamou atenção para isso, quando Carla Perez saiu na capa, a matéria principal “ Bodies a la carte” , edição latina da revista é justamente sobre a onda das cirurgias plásticas no Brasil,e abaixo da foto principal de capa a frase(TIMES 2001) : “ The Plastic sugery craze,: Latin american woman are sculping your bodies as never before- along california lines. Is this Cultural imperialism?” . Nesta mesma edição outra matéria da Time traz uma entrevista com o cirurgião Ivo Pitanguy. A Sociedade Brasileira de cirurgia plástica, inclusive confirmou o aumento das cirurgias plásticas no Brasil. O País vem em segundo lugar depois dos EUA : O povo que faz mais plástica no mundo.




Os Dados são bem interessantes até para compará-los e questionarmos o por que da insatisfação com o corpo ao natural. Por que este corpo, esta primeira pele não pode ser sedutor sem inserções de próteses ou modificações abruptas no corpo.



Bibliografia :

GOLDEMBERG, Mirian. O Corpo como capital. In: Um corpo aprisionado. São Paulo. Editora Estação das letras e cores,2007.

Apresentando Relações : Corpo e moda



Sobre A moda do corpo e o corpo da moda
Capítulo : Do corpo à moda : Exercício de uma prática estética de Káthia Castilho



O Corpo pode exercer vários atos de comunicação ou um discurso não verbal por expressão, postura, pelo caimento ou modelagem da roupa e por várias outras vertentes.
A moda e o corpo estão articulados nos sentidos de práticas sociais e logicamente no sentido da estética. O Vestuário obviamente inova o desenho do corpo e possibilita o destaque de uma determinada parte ou do todo.


Muitas vezes, a moda é uma linguagem que modela ou demonstra o corpo humano e quando se apropria dele promove inovações e intervenções que geram novos e diversos sentidos ao corpo.
Construindo significados na forma de se mostrar, o corpo é observado, exibido e pode ser visualizado em diversos contextos. O Corpo é praticamente um gerador de linguagens, assim como a moda. Aliás, a roupa fora do corpo exerce uma função e uma impressão bem diferenciada ao vestir este corpo.


Ao sobrepor o corpo, a moda faz dele o suporte ideal, nos quais, são consolidados os desejos das pessoas, atualizando e potencializando o discurso da roupa sobre o corpo.


O Olhar do outro é o primeiro contato que o corpo tem com o mundo. O Outro observa e cria uma imagem do corpo em exposição. E vice e versa, inclusive estratégias de comunicação, construção de sentido, de fragmento e de um todo são construídas através da percepção do próprio corpo ou do corpo do outro. Como diria a auto( Kastilho,2002): “A presença do outro, como corpo visível e sensível, com o qual podemos nos identificar, representa a cristalização do sentido que está sempre aberto a resignificações”.


O Papel da moda no universo corpo foi justamente aquele de amplidão do discurso não verbal que o corpo tem a oferecer. O Corpo, assim como a moda, de maneira geral oferece significados de sedução, potência, ameaça, diferenciação, etc... Articulando de formas múltiplas a sua forma de estar em cada contexto. Assim como a moda, o corpo precisa da temporalidade cronológica e de um lugar para existir nesse tempo, para seguir ou pertencer a determinados padrões e estruturas. O Corpo precisa do sujeito e do objeto para sobressair na cultura e no tempo, sejam eles quais forem.


Atualmente, de maneira inédita o corpo é suporte de intervenções artificiais que são tidas como geradores de significados e podem desencadear estados de disjunção, conjunção, construção, desconstrução e reconstrução, assim como a própria moda vem fazendo. A Autora fala a respeito de práticas que implicam em maneiras de modificações do corpo :



Essas práticas implicam na construção de narrativas diversas com o objetivo de produzir novas dinâmicas, válidas em uma determinada coletividade. O sujeito, por meio do corpo como suporte e meio de expressão, revela uma necessidade latente de querer significar, de reconstruir-se através de artifícios inéditos, geradores de significações novas e desencadeadoras de estados de conjunção ou disjunção com os valores pertinentes à sua cultura.Essas inúmeras maneiras de fabricar ou reconstruir o corpo se relacionam aos procedimentos de ordem estética ou de embe­lezamento pertinentes à motivação de decoração corpórea, quer estas sejam mutilações, pinturas sobre a pele, revestimentos ou sobreposições de adornos ou trajes. O estado de nudez nos reme­te à visão cristã de pureza, estado anterior ao pecado original, visto que o homem, quando inserido no contexto cultural, reves­te e decora seu corpo potencializando sua dinâmica no processo da comunicação.




O corpo é, antes de tudo, um corpo imaginário: da parte mais sólida e interior, os ossos, à parte mais fluida e exterior, os cabe­los, tudo no corpo se desenvolve a partir da imagem que uma cultura dele faz...


Outras questões que são importantes neste assunto são : a individualidade e o coletivo; quando fala -se do corpo, fala-se de duas questões, às vezes opostas às vezes “Unívocas”, e é essa contradição que muitas vezes intriga teóricos da moda e de outras áreas principalmente.Quando o assunto é contemporaneidade o foco recai certamente na palavra contradição. O Corpo pode satisfazer a si próprio ou ao outro ou aos dois ao mesmo tempo, afinal seus territórios são sem limites.


Quando são modificados, muitas vezes caem no aprisionamento do tempo. O corpo personifica e cria processos de personalidade em cada um, por isso ele tem uma maleabilidade incrível. Atualmente, cada indivíduo é como quer ser ou como o outro quer que ele seja. Ao tomar conhecimento do seu próprio corpo, o ser humano quer dotá-lo de novos significados através da expressão e principalmente da plasticidade.


Existe um corpo real e existe um corpo no imaginário de cada um. E cada ser humano determina qual corpo quer ter através da construção de sua própria identidade, como já mencionado.


A Autora faz um paralelo interessante quando aponta o corpo anatômico/analógico, que seria aquele desprovido de adorno e natural versus o corpo simbólico/semântico, aquele que busca na aparência apresentar-se sedutor, esculpido e construído daquela maneira propositalmente.
Ela ainda expõe o modo de pensar sobre o corpo inserido na nossa cultura ao reinventá-lo criando significações inovadoras e o exibindo de formas diferentes. Ao esconder e revelar diferentes partes do todo busca ampliar a significação do corpo enquanto comunicação simbólica não verbal. Pode-se concluir com as próprias palavras da autora:



O vestuário se impõe por meio de uma estrutura plástica, fru­to de relações entre a matéria-prima e sua textura, bem como em todas as relações variáveis, no aspecto do reconhecimento do sen­sível e da organização estética mediante sua inserção no tempo e no espaço, determinados pelo suporte (corpo) que se impõe. A composição visual dirige-se à nossa sensibilidade plástica muito antes do que ao conhecimento suposto.Sendo assim, parece-nos cabível a ideia de que o corpo huma­no é plasmado em seu conteúdo, no movimento e na expressão. Tais elementos numa linguagem plástica serão valorizados e demarcados nas suas diferentes partes. Fragmentam-se de acordo com cada cultura, que determina, através do tipo de exposição, a evidência ou não de determinados aspectos físicos, de determina­das partes do corpo que poderão, então, ser assinalados recons­truídos ou anulados através de elementos de decoração determi­nados pela moda.


Bibliografia :
CASTILHO.Káthia. A moda do corpo o corpo da moda. In: Do corpo à moda: Excercício de uma prática estética. São Paulo: Editora Esfera, 2002.

Questão : O Que é Corpolatria?


O que é Corporlatria?

Segundo( CODO; SENNE.1985) :

A “Corpolatria” é uma espécie de “patologia da modernidade” caracterizada pela preocupação e cuidado extremos com o próprio corpo não exatamente no sentido da saúde (ou presumida falta dela, como no caso da hipocondria) mas particularmente no sentido narcisístico de sua aparência ou embelezamento físico.


Para o corpólatra, a própria imagem refletida no espelho se torna obsedante, incapaz de satisfazer-se com ela, sempre achando que pode e deve aperfeiçoá-la. Sendo assim, a corpolatria se manifesta como exagero no recurso às cirurgias plásticas, gastos excessivos com roupas e tratamentos estéticos, abuso do fisiculturismo (musculação, uso de anabolizantes, etc).


A corpolatria, como fenômeno psico-social, aparentemente está relacionada com as mudanças no campo do trabalho produtivo ocorridas no final do século XX, a saber, desde que a distinção entre produção e reprodução social perdeu nitidez, confundindo-se o tempo vital com o tempo de trabalho. Desde então, em muitas profissões e ocupações a aparência corporal e o vigor físico passaram a ser uma espécie de segunda força produtiva ao lado da força de trabalho propriamente dita, com o tempo livre tendendo a se tornar um segundo turno do trabalho produtivo.


Como fenômeno patológico de saúde coletiva, a corpolatria tende a se agravar tanto mais encontre não só um amplo mercado de produtos e serviços voltados para o culto ao corpo como também seja propalada como uma espécie de emancipação ou de libertação pessoal dos determinantes “repressivos” da produção capitalista.


Comentário pessoal:


A Chamada “Corpolatria” tratada como patologia passa dos limites de se cuidar apenas do corpo, da saúde e da vaidade. As pessoas muitas vezes confundem Saúde e Beleza . E nem sempre essas duas coisas estão incluídas e/ou juntas. Pode-se ter saúde sem ter beleza e pode-se ter beleza sem ter saúde. Sem contar com o fato de que beleza é um conceito muito relativo. Beleza e moda têm uma relação muito estranha, já que é muito simplista igualar esses conceitos. Moda semanticamente falando significa do francês mode, do latim modu. A palavra moda é a maneira, o modo com as pessoas vivem, se comportam. Hoje a palavra moda está fortemente relacionada à maneira de vestir, ou seja, moda não é sinônimo de beleza como o senso comum acata.


A Vaidade tem sua importância fundamental no quesito sentir–se bem, mas às vezes pode-se ter importância para alguns no quesito “exteriorização”, se mostrar para outro o quão bem está, afinal vivemos na famosa “sociedade do espetáculo”. Questionamentos serão levantados e hipóteses para solucionar o problema também.


Apontar erros na sociedade do consumo não basta, já que a maioria das pessoas partilha o gosto de comprar, adquirir, fazer parte desta sociedade e se sentem muito bem assim! A questão é: Até que ponto isso vale a pena?


A moda tem sua importância na sociedade contemporânea por vários motivos. E Está absolutamente ligada à indústria do consumo, talvez seja a rainha desta industria: Criar, inovar, processar, produzir e vender. Inclusive, a moda, em questões mais burocráticas é uma das áreas que mais gera empregos na sociedade.


Em termos mais gerais a moda tem sua importância justamente por ser um fenômeno sócio-cultural e refletir “piamente” o contexto em que se vive. Tanto o contexto histórico – cultural, quanto o contexto pessoal, por exemplo, da própria mulher.


Desde que “moda é moda” nota-se isso. Sem querer ir muito além, basta pensar em cada década do século XX e suas marcas registradas no que diz respeito ao corpo, ao comportamento da mulher diante da sociedade e é claro ao próprio vestuário.


E mesmo que moda e corpo compartilhem deste universo covalente e importante, ambos convivem em um âmbito que tangencia a alienação e a superficialidade.


Sempre quando leio revistas, alguns livros e até assisto palestras, aulas, etc... as pessoas costumam falar de moda como se fosse apenas algo bonito, supérfluo, luxuoso e que faz parte do ego de cada um. Não concordo com essa abordagem e ao falar de corpo contemporâneo no Brasil e moda contemporânea assimilo processos muito mais profundos do que superficiais. Será que moda só se relaciona com o fato de realizar uma certa função estética aos olhos de quem vê? Será que o corpo é apenas um simples suporte, um cabide, sem expressão e relação com arte, sociedade e comportamento?


Ao utilizar a expressão “corpolatria”, ironicamente recaí uma contradição: Se idolatramos o corpo porque ao invés de cuidar dele estamos o destruindo e o desvalorizando? Por que não mudar sem danificar a saúde?Por que não aceita-lo e se utilizar de uma segunda pele(vestuário) para moldar –se como desejado?

Bibliografia :
CODO, Wanderley ; SENNE, Wilson.O que é Corpolatria? Col. Primeiros Passos, Ed. Brasiliense, 1985

Imagem da Imagem...





" Articulando as articulações" : Idéias e conquistas

































quinta-feira, 5 de março de 2009

10o Trabalho : Egito antigo e construção de protótipo



Trabalho:





"Egito antigo e construção de protótipo"





Link para slides:


Clique aqui

Data de realização e descrição:





Este trabalho foi realizado no segundo semestre de 2008 e consistiu na construção de um protótipo 3D de um croqui e de um guarda roupa para ele.


Resolvi me utilizar do tema Egito antigo e construir um protótipo de uma múmia egípicia e de uma piramide. Para seu vestuário desenvolvi roupas com medalhas, fitas e papel. foi um trabalho de criação que envolveu uma pesquisa bem bacana.





Habilidades desenvolvidas:



Habilidade de Leitura e pesquisa, habilidade de criação e de trabalhar manualmente com materiais inusitados.





Matéria:
Técnicas de Representação e expressão



Materiais e técnicas utilizadas :



Materiais : Livros, Internet, Fita Crepe, Esparadrapo, Arame, Sabonete, Algodão, Papelão, fitas coloridas, chatôs e outras pedrarias, cola quente e papel de presente.



Técnicas : metodologia de pesquisa, criação e manejo artesanal



Por que escolheu este trabalho?
Escolhi tanto pela temática que é bastante interessante, quanto pelo resultado que foi muito bacana. Além de um pequeno senso de humor utilizado na construção da boneca- múmia.

9o Trabalho : Estamparia II - Flora Brasileira- Quaresmeira







Trabalho:



" Flora Brasileira- Quaresmeira"

Link para slides: Clique Aqui

Descrição de Trabalho e Data de Realização:



Este trabalho foi realizado no segundo semestre de 2008. Consistiu em criação de estampas a partir da flora ou fauna mundial. Eu escolhi a quaresmeira que me possibilitou brincar com suas formas e deixá-las mais organicas ainda.



Habilidades desenvolvidas:



Habilidade de pesquisa à respeito da flora brasileira (no meu caso)



Habilidade de tirar fotografias em lugares abertos com iluminação natural



Falação em público - fundamental para se apresentar trabalhos



Habilidade de manejar softwares gráficos.



Matéria:
Estamparia II



Materiais e técnicas utilizadas :



Materiais : livros, revistas, flores, pigmentos, telas e a própria estampa criada


Técnicas : metodologia de pesquisa e manejo de softwares gráficos






Por que escolheu este trabalho?
Pelo resultado ter sido satistatório e a estampa ter ficado muito bonita. Além claro pelo trabalho que tive para desenvolver a estampa.










terça-feira, 3 de março de 2009

8o Trabalho : " Heavy Metal"



Trabalho : "Heavy Metal"


Link para imagens do power point : Clique Aqui


Link para trabalho escrito e anexo : Clique Aqui
Link para edição do vídeo para donwload : Clique Aqui


Data de realização e descrição do trabalho:
Este trabalho foi realizado no 5o período no primeiro semestre de 2007. Foi um trabalho escrito e apresentado em sala com ajuda de power point e edição de vídeo...

O contexto trabalhado eram as tribos urbanas. Eu apresentei um trabalho justamente sobre o heavy metal, apesar de não acreditar na divisão e categorização exata destas tribos, é inegável que elas existam, com um pouco de mistura, mas sim existem.


É evidente que na contemporaneidade os jovens venham se sentindo sem um "apoio fixo" ou uma moral apenas para seguir.Nos tempos atuais temos prateleiras de hipermercados que nos possibilita fazer escolha , por que são tantas opções que acabamos por sentir-nos sós e procuramos nos identificar com pessoas que tem o mesmo comportamento, mesmo jeito de vestir, mesmo jeito de pensar... E assim, as chamadas tribos vão se formando... Mesmo que não sejam tribos X e Y, são tribos compostas de pessoas que buscam o mesmo interesse e não querem ficar sós.


O Trabalho me pareceu interessante e esclarecedor. Afinal, os seres humanos em geral, tendem a achar que, por exemplo, todos os adolecentes que vestem preto são punks e ponto final e obviamente a coisa não é por aí . Para termos tribos temos que ter determinantes muito mais fortes do que isto.


Habilidades desenvolvidas:


Habilidade de Leitura e pesquisa - para conhecimento das tribos e dos tipos de comportamento

Aprender a pesquisar em campo - para laboratório e vivência
exercitar a escrita - possibilitando desenvolvimento retórico (linguagem) ao escrever o memorial do trabalho

Falação em público - fundamental para se apresentar trabalhos


Matéria:


Conhecimento Artístico II


Materiais e técnicas utilizadas :


Materiais : livros, revistas, filmes


Técnicas : metodologia de pesquisa e manejo de softwares gráficos


Por que escolheu este trabalho?


Por estar ligado à atualidade e por mais uma vez integrar o assunto moda com uma abordagem sociológica. Além disso, foi um trabalho que foi tremendamente divertido de realizar, pelo assunto ser de meu interesse e também dar margem à ir fundo na história da música.






7o Trabalho : E A hipocrisia continua sempre



Trabalho : E A Hipocrisia continua sempre - A Caixa objeto


link para ler memorial : clique aqui


Descrição do trabalho e Data de Realização: Este trabalho foi realizado no terceiro período do curso de moda no primeiro semestre de 2007.


Fiz uma caixa objeto que de algum jeito remetesse à qualquer movimento artístico ou movimento de estilo. Criei uma caixa na qual chamei carinhosamente de " caixa do cocô", no qual trabalhei a metáfora da hipocrisia e criei um mundo onírico : " O mundo do Cocô" ! De algum jeito a caixa nos remete a um universo literal porém inexistente , aí está o pulo do gato do próprio surrealismo e outras correntes como o dadaísmo por exemplo... aliás são farinha do mesmo saco por assim dizer.


Bem, O que viria a ser uma caixa objeto? Uma caixa de mais ou menos 20X25 e uns 10 cms de profundidade. Baseado na obra de Farnese , os professores de cenografia sugeriram que criássemos uma caixa que representasse de forma tridimensional qualquer coisa, semelhante a uma obra de arte, porém que tivesse referencias calcadas em movimentos de estilo ou de arte.


Habilidades desenvolvidas:


Leitura e pesquisa - para conhecimento de movimentos artísticos e/ ou de estilo
Escrita - possibilitando desenvolvimento retórico (linguagem) ao escrever o memorial do trabalho
Habilidade Prática - Ao desenvolver a caixa objeto tive que desenvolver minha capacidade de trabalhar manualmente e artesanalmente

Criação - envolveu criatividade e humor


Matéria:

Cenografia


Materiais e técnicas empregadas:

Materiais: Livros, internet, caixa de madeira, massinha, cabeça de plástico de boneco velho, tinta guaxe e cola quente
Técnicas: pintura em madeira, montagem de objetos a partir de massinha e plástico e de trabalho manual em geral.

Por que escolheu este trabalho´?
Por ser um trabalho extremamente bem humorado e além de tudo ter conteúdo.
Trabalhar com cenografia e pesquisar sobre movimentos de arte e de estilo me pareceram interessantes e como resultado tive algo com muito conteúdo, porém com um senso de humor enorme! E mais uma vez aliei à teoria à prática.

6o Trabalho: "Book de Conhecimento Artístico"





Trabalho :

" Book de Conhecimento Artístico"
Para assistir o vídeo faça o donwload : Clique Aqui

Descrição do Trabalho e Data de realização:


Este trabalho foi realizado no primeiro semestre de 2008 no 5o período. O propósito era coletar imagens de movimentos artísticos e de estilo desde as vanguardas do início do século XX até a autalidade. Como não houve recorte e o trabalho era extenso, selecionei os que considerei prinpais e resolvi criar um pequeno filme, como se fosse uma apresentação de power point com audio, vídeo. Dentro destes : entrevista, trechos de filmes e/ou documentários, imagens e músicas que seguiam o mesmo contexto do movimento.

Habilidades desenvolvidas:

Leitura e pesquisa - para capacitação teórica, construção de repertório e ainda para coletar imagens adequadamente.
Escrita - possibilitando desenvolvimento retórico (linguagem)

Aumento de aprendizado em Recursos tecnológicos - Possibilitando a melhora do manejo em equipamento técnico de audio e vídeo e manejo no próprio computador e respectivos softwares.



Disciplina:

Conhecimento artístico II
Materiais e técnicas empregadas:

Materiais: Livros, internet, revistas...
Técnicas: manejo de software gráfico de audio e vídeo , técnica de pesquisa
Por que escolheu este trabalho?

Escolhi este trabalho por meu interesse na área de história da arte e por reconhecer importancia do tema para o designer. Afinal, para se criar é necessário obter repertório através de pesquisa teórica, entrevistas e claro vizualização de imagens(fundamental). É preciso conhecer história da arte e história de movimentos artísticos e de estilo em geral, que contribuem muito para o desenvolvimento acadêmico de cada um.

5o Trabalho: Culto ao corpo a artificialidade








Trabalho :

Culto ao corpo da Artificialidade


Descrição do Trabalho e Data de realização:



Este trabalho foi realizado a muito tempo, mas sempre exixte a possibilidade de continuá-lo. talvez seja desde 2006, quando ocorreu uma possiblidade de escrever sobre o tema na matéria de tópicos de cultura e sociedade contemporanea. porém apenas recentemente tive oportunidade de postar no meu outro blog : Despiste selectivo.

O Trabalho faz uma abordagem do culto ao corpo exacerbado que nossa cultura vem desenvolvendo. Talvez uma abordagem mais de cunho sociológico, mas que acaba fazendo da moda e do corpo objeto de estudos.



As pessoas da atualidade estão com medo da transformação. Os anos passam e a velhice é implacável, mas não para este mundo que cultua o artificial. Quando mais irreal formos, melhor, quanto mais plástica tivermos mais perto da juventude ficaremos. Quanto mais artificial e tecnológico formos estaremos mais perto do futuro e da imortalidade.



Este trabalho aborda um pouco desde tema em seus vários aspectos: Social, histórico, estético , etc...

Habilidades desenvolvidas:

Leitura e pesquisa - para capacitação teórica e construção de repertório
Escrita - possibilitando desenvolvimento retórico (linguagem)
Falação em público - desenvolvendo a capacidade de improviso, retórica e extroversão


Disciplina:

primeiramente desenvolvido em Tópicos de cultura e sociedade contemporânea e continuado independentemente


Materiais e técnicas empregadas:


Materiais: Livros, papel, internet...

Técnicas: manejo de software gráfico, técnica de pesquisa, técnica

Por que escolheu este trabalho?


Escolhi este trabalho por meu interesse na área e por querer fazer dele o primeiro passo para minha monografia. Além de gostar do assunto, vejo muita pertinencia com a temática da moda, afinal o corpo é suporte para a moda e muitas vezes se torna objeto de consumo, objeto da moda.
Vídeo relevante ao tema, interessante percurso da beleza natural à beleza artificial:

segunda-feira, 2 de março de 2009

4o Trabalho : A Imprensa feminina : Caminhos e Análises




Trabalho :



A Imprensa feminina : caminhos e análises



Clique aqui para ler o texto completo e seus anexos


Descrição do Trabalho e Data de realização:

O Trabalho foi realizado no 5o período do curso no 1o semestre de 2008. Ele consistiu em uma análise a respeito dos caminhos tomados pela imprensa feminina ao decorrer dos anos.

A partir do texto " Os Dois corpos de uma mulher : Revista de moda, consumismo e feminismo" fiz uma análise do texto e ainda acrescentei informações a respeito da figura da mulher na imprensa ao decorrer dos anos.

Além de observar a contradição que acompanha a mulher e a moda desde do início do século, Leslie Rabine, a autora do texto notou três mudanças específicas que aconteceram sobre a representação da moda a partir do final da década de 1960 e do início da de 1970 e eu acrescentei mais uma. Só para esclarecer citarei estas 4 nomeações das mudanças que basicamente foram o centro desta análise : diversificação, antropológica, auto~-reflexão e tecnológica.


O Trabalho foi interessante por ter conseguido fazer uma análise do feminino através de capas de revistas e propagandas determinantes de cada época.

Habilidades desenvolvidas:

Leitura e pesquisa - para capacitação teórica e construção de repertório
Escrita - possibilitando desenvolvimento retórico (linguagem)




Falação em público - desenvolvendo a extroversão




capacidade de análise - a partir da pesquisa saber analisar e também dar opiniões a respeito do assunto.



Disciplina:


Jornalismo de moda




Materiais e técnicas empregadas:

Técnicas : desenvolvimento de diversas metodologias, Desenvolvimento de manejo técnico de softawes gráficos, manejo de internet e Técnica de pesquisa e leitura.

Materiais : revistas antigas de moda, livros, softawe gráfico, etc..


Por que escolheu este trabalho?

Simplesmente pelo fato de ter tido um excelente resultado e pela pesquisa ter sido extremamente prazerosa e auto explicativa. Além de ensinar muito, vagueou por campos de extrema importância na moda, no corpo e no feminino.

A Imprensa tem um papel fundamental na sociedade, na história e na moda mundial. Sem ela talvel seria muito complicado fazer uma análise da mulher em cada contexto mencionado.