O que é beleza?

O que é beleza?
beleza através dos tempos

domingo, 28 de junho de 2009

Perguntas que não querem calar!!!


O que é corpolatria?
Ela é um exagero particularmente no sentido ‘narcisístico’ da aparência ou embelezamento físico, que por outro lado é também caracterizado no sentido do espetáculo, ou seja, não é apenas por que as pessoas cuidam do corpo e da saúde que elas exercem a corpolatria, mas sim se o exagero com os cuidados corporais ficam em primeiro lugar e a saúde de fato fica esquecida em segundo plano. A beleza se torna uma prioridade incansável na vida da mulher; enfim, o culto ao corpo ultrapassa os limites do próprio corpo permeando a patologia.

Por que a indústria não se apega a uma porcentagem maior do mercado, para que pessoas pertencentes ao corpo “diverso” possam se beneficiar?
Por que a indústria iria gastar muito mais com tecidos, aviamentos e mão de obra e apesar de gerar empregos, seu maior interesse é lucrar diante do mais fácil. Se o corpo único foi bem aceito no mercado e as pessoas parecem se esforçar para alcançá-lo, este corpo será explorado de todas as maneiras possíveis pela mídia, pela indústria da moda (consumo), dentre áreas do mercado para de alguma forma extrair das pessoas o máximo possível, até mesmo enganando-as com seu marketing permissivo e de certa maneira enganador.
Ser Saudável é ser bela e magra?
Muitas vezes o marketing de um produto, por exemplo, vende saúde, magreza e beleza em um mesmo pacote, e nem sempre estas podem estar associadas; esta saúde vendida neste pacote pode confundir as pessoas com relação ao que significa ser saudável de fato, ou seja, não necessariamente equivale a ter um corpo magro e belo. Pode-se ser média ou gorda, ser bonita e ser saudável, cada elemento vem separado ou junto, o importante é perceber que estes elementos são independentes, sem contar que o elemento beleza é estritamente relativo.

Pode-se cultuar o corpo sem danificá-lo, modificá-lo ou ferí-lo?
Culto quer dizer adoração ou veneração, por isso se caminhar pelo viés da moda alternativa . É possível que eu cultue meu corpo adornando-o me utilizando de elementos externos para enfeitá-lo e assim posso estar ritualizando-o, embelezando-o, sem que Interfira em sua forma ou o moleste.

Estilistas Brasileiros Pesquisados

Corpo diverso e moda alternativa:
Lino Villa Ventura verão 2009 - Para encerrar o SPFW de verão 2009, o desfile de Lino Villaventura. O tema eram as formas: o quadrado, o círculo e o triângulo. Com esses elementos, o estilista criou um jogo de armar, “uma brincadeira de gente grande” que se desdobrou em uma grande coleção de vestidos e túnicas para as moças, calças e camisas para rapazes ousados. Nesta coleção Lino volta a ser o criador barroco e delirante com quem estávamos acostumados. Todas as cores do arco íris estavam presentes nos looks que entravam na passarela, reforçados por uma belíssima beauty art de Marcos Costa e de cabeças desenhadas pelo próprio Lino.







Juliana Jabour - Inspirada pelos anos oitenta, Juliana Jabour não seguirá a onda minimal que tem tudo para dominar o verão. A estilista mantém sua veia girlie apostando em uma coleção marcada por excessos. Eles aparecem nos laçinhos e laçarotes, nas mangas bufantes, nos plissados, bolsos e volumes acentuados. A década que serviu como pano de fundo também é visível nos paletós alongados, saias de cintura alta e ombros estruturados. Nas saias e vestidos, o shape blouse dominou, mas o balonê também dividiu a cena. As cores fortes como melancia e amarelo cítrico se contrastam com tons neutros como off white e preto. Nos pés, Juliana continua com as ankle boots que dão o peso ao seu universo extremamente feminino














Santa EphigÊnia - Virada da marca- coleção conceitual


Quem diria que um dia a mulher Sta. Ephigênia iria usar uma roupa tão contemporânea. Já na coleção passada Luciano Canale apresentou uma ótima injeção de frescor na marca, eliminando quase que por completo aquela vontade clássica, meio aspirante a alta-costura que a marca vinha apostando nas últimas coleções. O que continua cada vez mais forte é essa elegância e sofisticação quase que natural de cada peça de roupa.










Coleção 2007- Ronaldo fraga- Tema : Nara Leão

Para homenagear Nara Leão, Ronaldo Fraga promoveu uma apresentação performática, delicada, cheia de referências à cantora. Desta vez no papel de autora da obra, foi Nara Leão quem ganhou a interpretação de Fraga. A música cantada pelo estilista para o Verão 2008, então, mais uma vez mostra que, além de fazer bonitas homenagens, o estilista continua a contar bem a história do seu próprio estilo, tão genuíno e particular, com bom humor, ironia, estampas marcantes, formas soltas no corpo. As saias normalmente abaixo do joelho, outra característica de Fraga, continuaram a aparecer e não foram vencidas nem pela vontade do estilista de homenagear os joelhos sempre à mostra de Nara Leão. Mas está aí uma das novidades da coleção: alguns modelitos são, sim, curtinhos, com destaque para os vestidos com decote assimétrico, tringular, formado por tecido transpassado, dos modelos usados por Bárbara Berger e Michele Provensi. A saia na altura do joelho, nem curta nem longa, também foi vista no desfile, o que resultou numa variação grande de comprimentos.O vestido tulipa, arredondado, é a peça-chave da coleção e aparece em muitos looks, em diferentes versões, nas também diferentes estampas, como a de jornal com a cara de Nara Leão, a bonita estampa colorida de um morro com várias casinhas (referência ao morro carioca de onde vieram vários artista que Nara Leão interpretou), as listras, o xadrez verde e azul em fundo creme, num tecido plastificado, a fita cassete em creme e verde. Nos tecidos, a textura siliconada apareceu muito, assim como a almofadada. Na cabeça e nos pés, mais brincadeiras: sapatos de verniz estilo boneca que reproduziam um Fusca (primeiro carro da cantora) e franjinhas pretas fake em todas as modelos, fazendo alusão à franjona que Nara Leão usava.








quarta-feira, 17 de junho de 2009

Esqueleto da monografia

Sumário Explicativo

1-“Apresentação”, a qual, explicaria a proposta do trabalho como todo, e seria uma introdução à monografia de maneira breve, por exemplo:

“ A proposta do trabalho seria destacar e discutir o culto ao corpo da mulher brasileira e suas concepções de beleza, fazendo dois paralelos : o Culto ao corpo feminino como patologia ou vício: A corpolatria , conceituando o que esta seria e o que ela significa para as mulheres brasileiras que talvez tenham suas imagens distorcidas por influências midiáticas e estrangeiras e aceitas pela maioria da população feminina, ou talvez sejam convencidas por seus próprios espelhos . E o Culto ao corpo feminino como algo saudável para as mulheres através da moda, ou seja, através de estilistas que criam livremente e não seguem padrões vigentes e dão valor a verdadeira mulher, introduzindo uma nova dinâmica no mundo da moda. Além do que, mostrar e explicar o porquê das taxas que comprovam a ocorrência de crescimentos abusivos de aplicações de botox, plástica e redutores de apetites dentre outros produtos, a proposta seria fazer uma pesquisa a respeito estilistas : Ronaldo fraga, Alexandre Herchcovitch, Giácomo Lombardi e Roberta Navarro fazendo um paralelo: que tipo de moda cada um exerce e de como a própria moda, roupa, acessórios e seus respectivos estilistas podem contribuir para que o corpo seja “cultuado” de maneira saudável em que a beleza possa vir a ser menos padronizada e ditada e possa ser um hino à libertação.” (exemplo)

O segundo capítulo chamado de :

2.” Culto ao corpo feminino Brasileiro: Natural X Artificial”

O qual, seria dividido em 3 tópicos :

2.1 Evidências, males e benefícios, nos quais, pontuaria o que faz o culto ao corpo no Brasil estar tão avançado a medida que o país não é avançado em tantas outras áreas e se isso é negativo ou positivo. Apresentaria os fatos que comprovam a existência deste e seus males para sociedade e para as mulheres que fazem parte desta “cultura” exacerbada do corpo, aqui também seria pontuado os benefícios que estes podem vir a ter, em âmbitos pessoais. Entraria aqui a discussão da dicotomia apresentada na introdução só que com mais profundidade e explicações.

No segundo tópico:

2.2” Estilistas : A quebra do ciclo imortal”: um pouco da história de cada estilista citado na apresentação mostrando a sua proposta analisadas através de seus trabalhos mais recentes e da mesma forma em que o paralelo entre corpos fora realizado através dessa análise pode-se conhecer melhor cada estilista mencionado e encaixá-lo em cada uma das 2 “categorias” mencionadas no tópico anterior. Pretendo citar alguns trechos da entrevista prevista com Ronaldo Fraga.

No Terceiro tópico :

2.3 Corpo: Mídia, consumo e beleza. A partir de dados concretos retirados dos livros de Rachel Moreno (2008), o qual, pesquisas comprovadas de cunho científico já citadas acima no relatório, se propõe a discutir os métodos de metamorfosear o corpo, enumerar e buscar o porquê do Brasil ser um dos primeiros países na lista de vendas de redutores de apetites, nas plásticas nos seios de adolescentes, plástica de forma geral em mulheres, dentre outras questões enumeradas. Além disso, pretende-se discutir qual papel da mídia na influência no âmbito moda, beleza e corpo e como o alcance à população feminina é tão alto. Até que ponto ser lindo vale a vida? Ou até que ponto ser feio exclui a mulher da sociedade e da cultura da moda.

“Conclusão”- Teoria da moda

Enfim, a conclusão deste trabalho de pesquisa serve à comunidade FUMEC e a todos aqueles ligados ao campo de moda, corpo e atualidade, como exemplo que moda e corpo também são texto e nos dizem muito à respeito da sociedade, cultura e história, além de serem objetos de pesquisas amplos e interessantes de se estudar e abranger várias áreas do conhecimentos.

E que não há verdade absoluta a respeito do tema, apenas autores, teses e seus argumentos que muitas vezes batem de frente e outras vezes se encontram e formam belas e lógicas teorias, por mais imparciais que as pessoas tendem a ser: para tudo existe um ponto de vista. O que parece ser um hino à liberdade para uns pode parecer aprisionamento para outros. Ao Falar de cultos ao corpo, moda, plástica e mulheres sempre será muito difícil chegar ao denominador comum.

4-“Anexos”
Entrevista com Estilistas Ronaldo Fraga

Universos distintos- dicotomias

Corpo Único X Corpo diverso

Corpo único - corpo padronizado . Beleza pronta que a mídia oferece. mulher magra, alta, considerada saudável de preferência branca, dos traços finos e cabelos longos e lisos. Se não se tem pronto pode-se fabricá-lo através de vários meios.


Corpo Diverso- São os corpos originais que cada mulher tem. corpo gordos, médios ou magros. loiros, vermelhos ou morenos. Se encontra na diversidade de traços e formas do corpo e é impossível compará-lo com qualquer outro, por ser diverso e sem paradigmas.




Corpo Insano X Corpo São






Corpo insano- Seria aquele corpo que não tem sanidade, ou seja não é saudável. o corpo que é insano provavelmente sofre de alguma patologia, seja ela curável ou não. O Corpo insano sofre de uma ausência, lhe falta algo para que se torne saudável , como diria Joel Goldsmith : “A doença é uma ausência, e não uma presença”. No caso de patologias relacionadas à disturbios alimentares, à ausência de alimentação, muitas vezes relacionada à corpolatria propagada pela mídia e consumo, existe a deficiência de senso crítico, educação e muitas vezes percepção das próprias pessoas que adquirem um corpo assim: Sendo ele magro e jovem demais para alcançar o padrão de beleza e da moda que é almejado pela maioria das mulheres Brasileiras ou gordos e deformes demais alcançando a obesidade morbída como forma derevolta à esta sociedade ou como forma de manifestar outros problemas psicológicos.



Corpo São- Não lhe falta nada. O Corpo é absolutamente saudável, sendo ele magro ou gordo por própria opção pessoal ou por influências, por assim dizer, positivas do próprio mercado alternativo da moda, por própria construção subjetiva pessoal, dentre outras coisas.



Corpo natural X Corpo artificial






Esta outra dicotomia pode ser traduzida facilmente pelo próprio conhecimento das palavras utilizadas no cotidiano.




O corpo natural, seria aquele que as pessoas não modificam e não se utilizam de procedimentos cirurgicos e implantes de próteses em função apenas da estética. O corpo natural se deixa metamorfosear naturalmente e claro consome e participa normalmente do mercado da moda, moda esta que muitas vezes contribui para que a pessoa seja exatamente como ela é, e se utilize de roupas que lhe caiam bem com um toque de criatividade, sendo diferenciadas por seu formato de corpo, cor de cabelo, cor de pele e por um modelo ou um shape que lhe caiba de acordo com suas formas. Sem que esta pessoa se sinta discriminada no meio social e no meio do mercado.



O Corpo artificial, seria aquele metamorfoseado artificialmente por procedimentos estéticos cirurgicos, em que as pessoas, escolhem como querem ser, e em geral querem ser como capas de revistas, modelos de passarelas ou atrizes de novelas ou cinema. colocando próteses ou retirando gorduras do corpo, se deixam esculpir por especialistas da área, mas com o livre arbítrio de escolher como querem ser e se querem ou não envelhecer.



Corpo Real X Corpo Imaginário





Outra dicotomia interesante que assim como as outras se divergem e se encaixam em uma possibilidade de ser.




Corpo Real: Aquele corpo fundamental que todos nascem, e que mais tarde se tornam maiores, flácidos, com celulites, estrias, sem maquiagem, sem nenhum efeito "cibernético" ou "imagético" que possa me mutar.




Corpo imaginário: Aquele corpo que as mulheres imaginam que é real quando vêem uma mulher na capa de uma revista, ou em telas de cinema e acreditam que ser aquele corpo pode ser uma possibilidade para ela, enquanto, aquele corpo na verdade foi modificado por aparatos imagéticos técnicos, além de retoques de maquiagem corretora pelo corpo e retoques de softwares gráficos que produzem um corpo irreal que cai no imaginário feminino e apenas se torna virtualidade em sua lembrança.



E por aí as dicotomias podem variar de nomes e contextos , mas caem na mesma situação, uma situação de oposição nas mentes das mulheres que criam possibilidades de se reinventar seja através da plástica para alcançar o corpo padronizado e "midiatizado" e do ciclo imortal mídia, mercado e moda e vice-versa ou quebrando este ciclo através da própria moda. Estilistas que muitas vezes conseguem produzir diferencial e divulgar para mídia inovações em shapes, modelos, cores, estampas e corpos e ao fazerem isso com freqüência e criatividade quebrem um ciclo de anos de prisão no mesmo padrão imortalizado por modelos anorexicas e mulheres artificiais inexistentes no mundo real.








Coleção Ellus 2009 - Inverno

Coleção Ellus 2009
Sob o tema Hardworker, a Ellus, para sua coleção outono inverno 2009, resgatou as origens do denim como uniforme de trabalho. A marca se aprofundou na pesquisa de lavagens e tingimentos, apresentando tecidos que iam do cinza claro, passando pelo deep blue e chegando ao black.






Obs.: Temas repetitivos, roupas justas e curtas enfatizando a magreza e a falta de forma nos corpos, modelos padrões da atualidade, roupas "visando" a sensualidade da mulher magra.

Coleção 2004 Ellus

ELLUS - 2004
Numa coleção sensual, a Ellus esbanjou vestidos de seda, estampas florais, muito brilho, decotes e transparência nesta quinta-feira no São Paulo Fashion Week.

Saindo de trás de uma parede de espelhos, desviando de vários alto-falantes espalhados pela passarela, as modelos flertaram com a platéia como numa festa de muito glamour.
Batas e regatas de seda fizeram par com saias evasê também de seda ou calças jeans justíssimas e leggings de couro. Vestidos de alça, às vezes muito curtos e às vezes despontados na altura do joelho, também elevaram o termômetro do desfile.










Observação - Modelos magras, Roupas curtas, exibição de juventude a flor da pele e jeans marcando o quadril.

Sobre ELLUS

A Ellus é conhecida por manter sua identidade desde o início, sendo fiel aos cortes e modelos de jeanswear. Tudo começou em 1972, quando um grupo de hippies cariocas desembarcou de uma perua Kombi na 25 de Março, tradicional rua de comércio popular no centro de São Paulo.Eles garimparam toda a região, voltando para o Rio com o porta-malas abarrotado de peças de roupas, que depois seriam customizadas. As camisetas pintadas e bordadas fizeram grande sucesso, lançando a semente do que viria a ser a Ellus, criada e mantida até hoje por um dos integrantes da trupe, Nelson Alvarenga.Com o tempo, a marca ficaria associada ao jeanswear de luxo, até hoje o carro-chefe da empresa. Foi uma das precursoras no Brasil do jeans stonewashed e das roupas semelhantes a uniformes militares, cheias de bolsos, versáteis e práticas, que atualmente proliferam pelo mercado.No fim dos anos 70, a Ellus lançou uma propaganda em que um casal se despia ao som da música "Mania de Você", de Rita Lee. Para a época, tratava-se de uma enorme ousadia. A polêmica rendeu até um debate no Fantástico, programa dominical da Rede Globo.A publicidade sempre foi um dos pilares da marca. Em 1989, a top Cindy Crawford estrelou uma campanha quando estava no auge da carreira de modelo.
Milla Jojovich, Kate Moss e Alek Wek vestiram Ellus em peças publicitárias nos anos 90. Vale citar também o patrocínio a algumas edições do concurso "Look of the Year", que revelou novos rostos para a moda brasileira.Além das inovações, uma das características da marca é o fértil esquema de criação. São 50 pessoas, entre desenhistas, modelistas e estilistas, abastecendo as lojas semanalmente com novos modelos de roupas.
A Ellus participa do São Paulo Fashion Week desde sua primeira edição, ainda com o nome de Morumbi Fashion, em 1996, lançando duas coleções anuais no evento. Em 2002, inaugurou um projeto inovador, o Ellus 2nd Floor. O espaço do segundo andar da loja-matriz no bairro dos Jardins, em São Paulo, fica destinado a exposições permanentes de coleções de jovens estilistas e designers e mostras fotográficas. O projeto tem grande simpatia no mundo da moda e foi batizado de "o novo exército fashion do underground". Conta atualmente com mais de 40 expositores.As roupas da Ellus são encontradas em lojas próprias espalhadas pelo Brasil inteiro, 30 franquias, incluindo quatro no Chile, e dezenas de multimarcas. A marca ainda é exportada para Europa, Estados Unidos e Japão.
SOBRE OS ESTILISTASCarla Fincato, 40, é responsável pela criação da linha feminina Limited, da Ellus, junto com Fábio Andreoni. A estilista já foi assistente de Reinaldo Lourenço e de Gloria Coelho, com quem trabalhou durante 15 anos. Durante sete anos, foi coordenadora de estilo da marca Carlota Joakina, de Gloria.
Com a marca, fez 3 edições do Phytoervas Fashion, seis da Casa de Criadores, quatro do São Paulo Fashion Week, uma do Fashion Rio e uma do Dragão Fashion, em Fortaleza. Atualmente, trabalha também para a marca feminina Fit e, em parceria com a estilista Gabriela Crema, tem a marca própria "Vou a Pé".Fábio Andreoni, 29, é responsável, ao lado de Fincato, pela coleção feminina da Ellus. Formado em estilismo pela faculdade Santa Marcelina, já trabalhou como produtor de moda da revista Vogue e supervisor de estilo também da Ellus.
O estilista já teve, em parceria com Priscila Darolt, a Redhead Loves P., marca que chegou a desfilar uma coleção na Semana de Moda e duas no Amni Hotspot.Jeziel Moraes, 41, coordena a área de estilo masculino da Ellus e é responsável pela criação da coleção masculina da marca. Formado em Sociologia, pela Unesp de Araraquara, fez curso de estilismo no Senac, numa época em que não existiam faculdades de moda em São Paulo. Trabalhou em confecção de camisa masculina e teve, durante cinco anos, marca própria que chegou a desfilar no Phytoervas Fashion, em 1996.

coleção 2004 - Vide bula- inverno


A Vide Bula voltou aos tempos do colégio para a coleção de inverno de 2004, resgatando os moletons, as minissaias plissadas e o conforto dos uniformes escolares para fechar os desfiles de sábado no São Paulo Fashion Week. Ao som enérgico da banda surf punk paulistana Los Pirata, uma das revelações do circuito underground no ano passado, a marca mostrou camisetas divertidas bicolores em verde e amarelo na primeira etapa do desfile.










Obs: modelos magras, perucas artificiais, mini-saias a vontade, roupas justas e quando largas instigam juventude como o próprio tema da coleção.

Vide Bula coleção 2009

Inverno 2009 Vide Bula
A proposta da Vide Bula para este Inverno 2009 é levar para as ruas uma moda mais democrática, abrangente, capaz de agradar os mais diversos gostos, conceitos e atitudes. Abrindo seu leque de referências, a Vide Bula mostra flashes de vários estiloscomo o grunge, neo dark, exotic gothic, o folk representado pelos índiosNavajos americanos, o romantic e o simple wear.O jeanswear, carro-chefe da marca, lidera a coleção com shapes, modelagense lavagens que vão do skinny a pantalona. Os destaques para o Inverno 2009 são os jeans Simple Wear, limpo e amaciado; Dirty Jeans, vintage, resgata o índigo com azul luminoso; Sailor Pants, pernas largas a partir dos joelhos; Boyfriend; Jodphur; Ergométrica, justa com recortes e costuras laterais; a super justa Rocker e o Punk Jeans, black com novas lavagens e o retorno dos jeans rasgados.











Obs.: Mesmo no inverno, exibição do torso nu, jeans e botas que parecem representar juventude e poder, magreza como atributo da coleção e cabelos mais para claros e esvoaçantes. Padrão vigente.

Vide Bula - Giácomo Lombardi e CIA


Em 22 anos de atividades, a Vide Bula conquistou definitivamente o concorrido mercado de jeanswear ao traduzir com originalidade as atitudes jovens.


A marca traz a irreverência das criações de Giácomo Lombardi, que em 1980 trocou os palcos e a banda de rock pela moda, associando-se à irmã Roberta e ao marido dela, Roberto Navarro, ambos também ex-músicos. O casal, que desde os anos de 1970 comercializava produtos importados em Belo Horizonte, havia recém convertido suas lojas em butiques onde vendiam as peças que Giácomo começava a criar, aderindo a uma tendência da época e fugindo das altas taxas de importação que inviabilizavam o negócio.


A Vide Bula nasceu dessa parceria entre os três e mais Adriana Rios, mulher de Giácomo. Das primeiras estampas, inspiradas em grandes filmes americanos dos anos 50, as criações foram ganhando motivos irônicos e polêmicos, como ascalças com desenhos de espermatozóides.Em 1985, Nina Hagen e Rod Stewart vieram ao Brasil para tocar na primeira edição do Rock in Rio e vestiram Vide Bula, gerando uma inesperada e bem vvinda publicidade gratuita.Em 2003, a caricatura de George Bush com nariz de palhaço espalhou-se mundo afora como um símbolo pacifista.A marca tem hoje mais de dez lojas próprias, roupas em 1,2 mil multimarcas espalhadas pelo Brasil e 113 na Europa. O volume anual de exportação é de 39 mil peças anuais. Pela sexta vez, participa do São Paulo Fashion Week.
A marca “ Vide Bula” cujos os irmãos Roberta Navarro e Giácomo Lombardi são os “principais” estilistas, é um exemplo de uma marca voltada para o público alvo,o qual, almeja o padrão de beleza vigente, além de seus desfiles serem bem comerciais, os tamanhos de suas roupas são menores do que o convencional, o que seria um tamanho 36 em uma loja convencional, nesta é um tamanho 40. O próprio estilo da marca é voltado para desenhar e marcar o corpo com seus jeans de cintura baixa ou se utilizar vestidos curtos volumosos ou não, mas curtos ,até minis- saias jeans que exibem as pernas ou longos com decotes tanto na frente quanto nas costas, transparências, etc.

Por ser uma marca jeanswear, streetwear é voltada mais para o casual: comércio de jeans, camiseta e vestidos, não são muito de inovar em shapes nos desfiles e ficaram longe das passarelas por algum tempo mas já voltaram.
Enfim, esta marca de certa maneira incentiva um corpo quase impossível para a maioria das mulheres brasileiras, um corpo jovem e sem curvas , além de motivar o uso de certas roupas como a calça de cintura baixa que muito apertada pode chegar a modificar o corpo feminino como uma prótese, por exemplo, faria.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

"Beleza impossível" : taxas a respeito das metamorfoses femininas


O Livro Beleza Impossível é de uma psicóloga muito envolvida no campo de corpo e de pesquisas à respeito de próteses , plásticas, moda , mídia e consumo e ela vai falar sobre mulheres que se submetem a tratamentos diversos para emagrecer, alisar os cabelos e perder pneuzinhos. Na busca incessante pela “beleza ideal”, vale qualquer sacrifício. Ela é muito crítica e parcial, daí o que eu achei importante de extrair do livro mesmo foram as pesquisas que são sérias e comprovadas.Porque a autora condena o ataque diário da mídia e aponta caminhos para quem deseja se defender dessa influência insidiosa e sabe-se que nã ose pode ser parcial e passional em uma monografia, mas seu livro foi muito útil quanto aos dados preciosos de taxas de metamorfoses femininas no Brasil com relação a outros paises como exemplificados abaixo.

Segundo o livro Beleza Impossível(2008) de Rachel Moreno, na maioria das vezes são as mulheres que procuram se modificar corporeamente por motivos fúteis ou por motivos de fato importantes para sua própria saúde ou auto-estima. Mas sempre se quer ir contra a natureza, e este mistério é o que impulsiona a pesquisa. O próprio Freud em Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade (1905), falava isso quando dizia que os nossos instintos coexistem em conflito com nossa sociabilidade e é lutando contra o animal que vive em cada um de nós, contra o ser que nos é imposto pela sociedade é que nós acabamos por construir nosso eu, que seria nossa própria identidade.

De acordo com dados e taxas retirados do livro de Rachel Moreno, as brasileiras são as que mais se envergonham de serem gordas e se acham pouco sexy, dentre as pesquisadas, só 2% delas dizem que se acham bonitas, o Brasil é o pais campeão em consumo de produtos para unhas, tinturas de cabelo e hidratantes para o corpo.Um número interessante é que 58% das brasileiras afirmaram que caso a cirurgia plástica fosse gratuita, recorreriam imediatamente ao bisturi.

O Brasil é líder no consumo de moderador de apetite. O consumo diário de inibidores de apetite é de 12,5 por mil habitantes, enquanto nos Estados Unidos, por exemplo, o valor colocado da lista, é de 4,8. As norte-americanas, por exemplo, ficaram em quarto lugar na pesquisa, com 25% desejando fazer plástica, enquanto 89% das brasileiras entrevistadas querem mudar algo no corpo. O que torna o Brasil especial neste aspecto é o ímpeto com que as pessoas decidem mudar o corpo e a rapidez com que a decisão é tomada. São três as principais motivações para fazer uma plástica: atenuar os efeitos do envelhecimento, corrigir defeitos físicos e esculpir um corpo perfeito. E essas metamorfoses na maioria das vezes são realizadas através de uso de próteses endodérmicas, lipoaspiração, fratura de ossos, dentre outros métodos.

Em relação ao uso de botox e ao implante de próteses de silicone, o Brasil é o segundo no mundo, logo após os Estados Unidos. Nos últimos 12 anos, a cirurgia de implante de prótese de silicone cresceu em 360% no Brasil e só perde para a lipoaspiração entre as cirurgias plásticas. Nos últimos dez anos, cresceram em 300% o número de cirurgias nos seios de adolescentes. A Pesquisa mundial unilever da empresa (Dove) mostrou que 63% das brasileiras querem fazer cirurgia plástica e este é o maior índice mundial da pesquisa). Estas taxas descritas acima, de dados comparativos do Brasil com alguns países, principalmente os EUA, estarão inclusos na monografia, dentre outras taxas pesquisadas.

Inclusive, as brasileiras, segundo pesquisa internacional feita por uma multinacional da área de cosméticos, estão entre as que têm a auto-estima mais baixa – muito provavelmente em conseqüência do modelo de beleza eurocêntrico e inalcançável para a realidade nacional. De acordo com o levantamento, elas se submeteriam a todo tipo de intervenção estética para se sentir belas.

Esses dados, segunda a autora, podem ser comprovados cotidianamente. Só em 2003, as brasileiras gastaram R$ 17 bilhões na compra de produtos cosméticos e de perfumaria. O Brasil também apresenta o maior índice de mulheres que declaram ter feito cirurgia plástica. Outros estudos revelam ainda que a população feminina no Brasil, comparativamente, é a que mais se submete a sacrifícios pela “beleza”. Isso inclui dietas, malhação, remédios, cosméticos e toda a parafernália oferecida para alcançar o inalcançável de acordo com a psicóloga.

Semiótica, design e corpo


Discursos da Moda : Semiótica, design e corpo - Káthia Castilho e Marcelo Martins
Enfâse - Capítulo 3 - Corpos significantes e marcas da contemporaneidade

Creio que o livro visa sistematizar uma maneira de estudar a moda e entender sua relação entre corpo e vestuário. Ela expõe desde a produção de uma roupa até os desejos e necessidades que ela desperta no sujeito-usuário, por meio das campanhas de divulgação. Os autores avaliam que um sujeito utiliza o aparato indumentário (roupa e acessórios) como expressão de sua subjetividade diante de grupos particulares ou do próprio mundo globalizado.

Porém de acordo com o tema escolhido para monografia que transpassa valores como o culto ao corpo através de metamorfoses se utilizando de próteses endodérmicas, exodérmicas e indodérmicas, preza-se mais a parte em que a autora fala a respeito do corpo e suas relações culturais, identitárias e coletivas através das mudanças corporais para que assim as mulheres possam se reconstruir como queiram e assim se sintam bem.

Traços da moda e traços do corpo na remodelagem de uma mídia e na construção

de um dizer pela presença

A anatomia do corpo humano é constituída por configurações chamadas bio- morfológicas,nos quais, plasmam características étnicas e genéticas, que, por sua vez, conferem a ele determinadas particularidades que vão diferenciá-lo de “outros” corpos humanos.Deste modo, o corpo pode ser entendido como “primeira pele”, texto que suporta e manifesta uma combinatória de traços identitários que formam o seu design.

Dentre os conjuntos formadores da plasticidade corpórea, destacam-se: a cromaticidade, relativa à cor e à tonalidade da pele ; a materialidade, que diz respeito à tipologia e à textura da epiderme;a topologia,que concerne à altura, ao volume e à proporção do corpo e, por fim, pode-se considera ainda o aspecto eidético do corpo, que diz respeito à sua forma, isto é, seu contorno e silhueta.(como mencionado no post anterior).

A transformação está presente na vida da humanidade, e no caso da temática mencionada, a mulher é o agente que mais gosta de se transformar, principalmente no espaço de tempo em que se está falando: o presente .

Entendido como sujeito agente construtor de uma história, num determinado tempo e espaço, reorganiza a plasticidade primeira do corpo, agindo justamente sobre seus traços identitários.

Querendo se metamorfosear para assim se reconstruir e ser como almeja, ou pelo menos se aproximar disso. Assim, nas diversas culturas, é possível reconhecer um sem-número de re-designs de corpos, edificados a partir de modificações que respondem a anseios e a necessidades individuais, que, em última instância, fazem construir, pela diferença, similaridades de tribos, gangues, guetos etc.

No nível endodérmico, as transformações corpóreas vão da prótese médicainterna ao chip, passando pelo silicone e pelo piercing; no nível epidérmico, ela concretizam-se pelas tatuagens, pelas cicatrizes, pelas escarificações e pelas próteses médicas externas; no nível extradérmico, as transformações dialogam com a moda indumentária, que, num primeiro momento, será exemplificada, aqui, com a crinolina de roupa, a bengala e os óculos.

Em movimentos cíclicos, a moda revisita determinados tipos de transformações, traduzindo-as com elementos e materiais tecnológicos de seu momento presente e, muitas vezes, tais transformações passam por releituras,do ponto de vista do sentido, que dizem respeito aos diálogos que estabelecem entre o antigo e o moderno.Assim, referências de várias ordens, sobretudo as intertextuais, podem ser recuperadas nos estudos dos componentes das transformações corpóreas do ser humano. Ao aderir a determinadas transformações corpóreas, sejam elas inscritas no nível endodérmico, epidérmico ou extradérmico, o ser humano redesenha o seu corpo e impõe-se como presença,constituindo e marcando a sua identidade perante um grupo, seja para se exibir ou se alcançar o padrão midiático lançado no presente tempo.

Nos estudos de moda realizados na contemporaneidade, não se podem dissociar, porém,o corpo e a moda indumentária: além de constituírem um texto único, diferenciando um corpo-suporte de “outros” corpos-suportes, retro alimentam-se nas possibilidades e nas potencialidades de re-design tanto do corpo propriamente dito, como da moda. Este movimento, aliás, se instaurou como um dos aspectos do discurso fundador da moda, como a entendemos hoje, já em seu aparecimento (cf.Castilho, 2004).

O Livro todo é bastante interessante por falar de assuntos que me interessam particularmente, porém o capítulo 3 – Corpos significantes e marcas da contemporaneidade vai falar justamente das próteses, metamorfoses e do culto ao corpo, mesmo que indiretamente, afinal ninguém muda o corpo atoa, sempre existe um motivo: impulsionado pela sociedade de consumo em que vivemos atualmente , o qual, o corpo virou um produto, impulsionado À alcançar padrões almejados ou simplesmente para se exibir ou criar novas subjetividades para o seu “eu”. Vive-se em uma época , a qual, a crise identitária está cada vez maior, e muitas vezes a mudança exterior ajuda alguns a buscarem o que almejam: uma nova identidade.